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Guiomar de Grammont deixa Editora Record e retoma projetos literários

dez 13, 2013


Guiomar de Grammont está deixando a Record, depois de um ano e meio de trabalho na editoria de ficção nacional, para ter tempo e disposição para voltar a se dedicar a seus projetos literários, ensaísticos e organização de eventos. Um dos projetos já confirmados para 2014 é o lançamento do romance “Na tua ausência…” e o livro de poemas “Aeroportos”.

A autora está também trabalhando, junto com a diretora italiana Alessandra Vannucci (que dirigiu “A descoberta das Américas”, peça com a qual o ator Julio Adrião recebeu, em 2005, o Prêmio Shell na categoria Melhor Ator), em uma adaptação do livro “Diário da Prisão”, de Judith Malina, do Living Theater, já devidamente autorizada pela autora.

Guiomar continuará na organização do Fórum das Letras de Ouro Preto, que este ano chega a sua décima edição, e participará também da curadoria de outros eventos literários que acontecerão em 2014 e cujas informações serão divulgadas em breve. Segue um pequeno currículo da autora:

Guiomar de Grammont é escritora, doutora em Literatura Brasileira pela USP, foi diretora do Instituto de Filosofia Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto, onde leciona desde 1994. Criou e coordena o Fórum das Letras de Ouro Preto há nove edições. Foi curadora nas Bienais do Livro do Rio de Janeiro, Minas e Bahia. Organizou também eventos no exterior, como o Letras em Lisboa, a parte brasileira do Salão do Livro Latinoamericano de Paris e – cedida para o Ministério da Cultura por um breve período – a homenagem ao Brasil na Feira Internacional de Livros de Bogotá. Premiada com a Bolsa Vitae e o Casa de las Américas, publicou diversos livros, entre eles, “Aleijadinho e o Aeroplano: paraíso barroco e a construção do herói colonial”; “Don Juan, Fausto e o Judeu Errante em Kierkegaard” e “Sudário” (contos). Durante um ano e meio, foi editora executiva  de ficção nacional na Editora Record.

Sinopse dos novos livros da autora:

“Na tua ausência…”

Trata-se de um romance que aborda as questões enfrentadas pela família de um guerrilheiro desaparecido, mas na forma de um thriller, com mistério, suspense, erotismo e revelações que vão sendo apresentadas progressivamente. O livro tem trechos muito poéticos que tratam da presença obsedante de um parente ausente, cujo corpo jamais foi encontrado ou enterrado, para sua família.

O roteiro intrincado se desenvolve a partir da busca e das investigações da jornalista Sara pelo irmão, Alexandre, um desaparecido político. O tema é muito atual no Brasil, pois se encontram em andamento os trabalhos da Comissão da Verdade, que deverá revelar os resultados de suas investigações em 2014, ano em que o Golpe de 64 completará 50 anos, o que motivará uma série de debates. Embora Sara, a protagonista, tenha sido simpatizante do socialismo, este livro revela, pouco a pouco, aspectos muito duros do autoritarismo das esquerdas que promoveram a luta armada, mas sem juízos. Caberá ao leitor a reflexão sobre os acontecimentos narrados.

Aeroportos

É um longo poema sobre a sensação do “nowhere”, a angústia do deslocamento do homem no mundo, a maldição do Judeu Errante, de que falava Kierkegaard (tema de um de seus livros).  A ideia do poema surgiu das estátuas de bronze de viajantes cansados, que vagam, com seus corpos apenas sugeridos, às vezes, incompletos, pela estação de Atocha, em Sevilha. O poema fala das cidades em que a autora viveu ou que foram fundamentais em sua vida: Ouro Preto, Brasília, Paris, São Paulo, Rio de Janeiro.



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