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Salões de beleza investem mais no público masculino

dez 18, 2013


Barbearias tradicionais apostam em serviços agregados e esperam crescimento em 2014

Salões de beleza público masculino

Já ficou para trás o tempo em que os homens iam a barbearias apenas para cortar o cabelo ou fazer a barba. Hoje, os salões de beleza voltados para o público masculino ou as tradicionais barbearias ampliaram seus tratamentos e oferecem basicamente os mesmos serviços que, há bem pouco tempo, eram exclusividade das mulheres. “Hoje, o homem se cuida muito mais. São vaidosos e chegam no salão com o modelo de corte que querem fazer. Não existe também mais o preconceito de relaxar o cabelo, fazer progressiva ou até mesmo pintar. Hoje, o homem faz de tudo”, afirma o cabeleireiro Edimar Torres, proprietário da Barbearia Torres, uma das mais tradicionais de Belo Horizonte, há 22 anos localizada no bairro Padre Eustáquio. Com a alta da procura, a Barbearia planeja abrir outras novas unidades em BH nos próximos anos.

Impulsionados pelas tradicionais festas de fim de ano, os homens enchem ainda mais os salões, com a proximidade da data. O movimento na Barbearia Torres, por exemplo, cresce cerca de 30% no mês de dezembro. E quem pensa que o carro chefe do salão é o corte tradicional está enganado. Edimar Torres é testemunha na mudança radical no perfil e gosto dos clientes ao longo do tempo. “É raro o homem que vai ao salão apenas para cortar cabelo. Tem alguns poucos que ainda são tímidos, mas a maioria faz o que for preciso, de descolorir totalmente o cabelo a fazer luzes, para ficar mais bonito e estar na moda”, conta.

A observação reforça números recentes divulgados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que afirma que o mercado de beleza nacional movimenta anualmente mais de R$ 15 bilhões, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão. De acordo com o Instituto, o homem brasileiro gasta mais de R$ 80 milhões por ano com beleza. As estatísticas se refletem também nas prateleiras dos produtos de beleza, que hoje estão mais democráticas. Os produtos voltados para eles já representam 37% do volume de vendas das categorias de higiene e beleza no Brasil. Segundo o Sebrae-SP, quase a metade dos gastos estimados (47,4%) são feitos pela classe C. Enquanto a classe A é responsável por 34,2% do consumo.

A valorização da estética e a busca por tratamentos que melhorem o visual reflete no crescimento no número de estabelecimentos e profissionais voltados para o culto à vaidade. Em Belo Horizonte, existem atualmente cerca de 70 mil cabeleireiros, manicures, maquiadores e afins, profissionais que atuam num dos cerca de 24 mil salões da capital, que atendem os mais variados perfis de clientes. O número impressionante é maior que o de bares, que na capital do estado são estimados em 18,6 mil, segundo levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).



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