Tecnologia é uma tendência forte no mercado de construção civil e garante a melhor qualidade e desenvolvimento nas obras
Para competir em um mercado cada vez mais concorrido, algumas empresas buscam ter o melhor desempenho possível para se sair bem nos negócios. No mercado desde 2001, a Climatizar Engenharia Térmica e Automação é uma delas. Pioneira em Minas Gerais, ela vem se destacando e consolidando no mercado com o desenvolvimento de projetos 3D, chamado de Modelagem de Informação da Construção (BIM).
O BIM é um modelo computacional desenvolvido em softwares voltados para a construção civil, composto por vários modelos específicos de arquitetura, estruturas, planejamento e custos. Quando estão em uma única plataforma, tornam-se um modelo integrado. Segundo Francisco Pimenta, diretor da Climatizar e engenheiro mecânico, a empresa entende que essa tecnologia é uma tendência forte no Brasil. “A Climatizar já vem acompanhando de perto essa forma de se fazer projeto há algum tempo. A expectativa, mesmo que a passos lentos, é migrar de um sistema que projeta em 2D, tendo como base a plataforma CAD, para a modelagem na plataforma BIM”, comenta.
Em 2015 a Climatizar propôs fazer sua primeira experiência de modelagem em Belo Horizonte, no Shopping Cidade. Nesse trabalho eles utilizaram um projeto de retrofit, que requer cuidados especiais, pois o sistema não poderia deixar de funcionar um dia sequer.
Uma das maiores contribuições que o BIM deu para este projeto foi a visualização total da situação existente e da viabilidade das etapas propostas, desde o início até a conclusão final da obra. “Como se tratava de uma reforma, seria muito difícil projetar apenas com os dados constantes nos desenhos de plantas e cortes. Precisávamos aproveitar algumas tubulações. Foi preciso fazer derivações em locais estratégicos, por isso este grande ganho. Ficou fácil visualizar as soluções”, lembra.
Para alcançar os resultados, Francisco conta que a Climatizar fez um filme para que o próprio cliente passeasse pelo ambiente virtual do projeto. Foram criadas fotos 3D de todas as etapas propostas para a aprovação final. “Com essa tecnologia fica bem mais fácil para o cliente entender o que será feito em sua obra, mesmo sem ter um conhecimento aprofundado em projeto ou em BIM”, destaca.
Há praticamente dois anos a empresa adquiriu o software DDS-CAD, especializado em instalações, mas só teve oportunidade de utilizá-lo neste ano no projeto de retrofit da CAG (central de água gelada) do Shopping Cidade. Depois já foram feitos outros dois projetos semelhantes, no Via Shopping Barreiro e no Hospital Vila da Serra, em Nova Lima.
A Climatizar acredita que essa evolução no modo de desenvolver os projetos vai beneficiar tanto os projetistas, como os próprios clientes. Para a construção, o benefício seria a maior eficiência na compatibilização entre as diversas áreas que compõem um projeto de engenharia e arquitetura, além de uma melhor qualidade nos serviços e até mesmo na confiabilidade da solução proposta. Para o cliente, a mudança é que poderá minimizar as perdas com retrabalhos em obra e encurtar o tempo de execução.
A escolha do software BIM
O DDS-CAD é um software desenvolvido e adaptado especialmente para os engenheiros de instalações. Os projetistas da Climatizar Engenharia adotaram o DDS-CAD há pouco mais de um ano e é o único software BIM que utilizam. “O que nos levou a usá-lo foi a facilidade que ele tem para trabalhar com Sistemas Prediais em geral e no caso específico de Ar Condicionado e Ventilação Mecânica”, conta Pimenta.
A tendência é cada vez mais passarmos a trabalhar em projeto com modelagem BIM, ao invés de desenhos CAD, pois o prazo de projeto diminui a cada ano e a necessidade de ter um produto mais confiável e já compatibilizado está cada dia maior, explica Francisco. “Mesmo que a mudança da forma de trabalho exija muito de uma empresa, temos que sair da zona de conforto e encarar as inovações”, diz.
Se as vantagens são óbvias para os engenheiros de instalação, Francisco reflete sobre o uso em obra. Assim como todo novo software, o diretor da Climatizar conta que a empresa enfrentou alguns desafios no início. “Hoje não há profissionais na obra que saibam usar as informações BIM corretamente, creio que esse é um dos principais obstáculos”. Mas o engenheiro reforça que o ganho para as construtoras é enorme, por causa da riqueza de informações dentro de um modelo BIM. “Eles só precisam entender como fazer uso eficiente disso”, finaliza.
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